Cacai Nunes traz viola e música do cerrado para Caravana das Artes. | Foto: Divulgação
Cacai Nunes prefere a comunicação pelas cordas de sua viola do que propriamente as cordas vocais. É com a sonoridade da viola que ele traz suas tradições, sua relação íntima com a música e sua arte. Tudo isso estará na etapa de Aparecida de Goiânia da Caravana das Artes, a partir dessa terça-feira (07), início da ação dos projetos.
“Eu vejo a arte como uma das ferramentas mais importantes para potencializar a educação, a inclusão, uma juventude mais participativa, dentro do que se vê como cultura do país. Hoje se tem muita informação e a música é uma possibilidade de se dissipar cultura, por isso eu vejo a arte como indissociável de uma sociedade mais justa e equilibrada, mais participativa e com valores, identidade”, afirmou Cacai Nunes, violeiro de Brasília e grande conhecer das raízes do cerrado.
O convidado da Caravana das Artes se ressente com a atual devastação do cerrado, mas leva sua regionalidade para que a destruição do bioma não atinja o campo cultural. “O cerrado hoje em dia, em termos de bioma, vem sendo o mais devastado, e em termos de cultura tem muita tradição ligada à região do cerrado e a viola está intimamente ligada a isso”, explicou, reforçando o papel da viola na valorização dessa identidade do cerrado. “É muito importante ter a viola em todos os contextos, ela carrega muita história do Brasil e de um povo”, completou.
De viola na mão, Cacai tem a voz de quem se manifesta pela arte. |Foto: Divulgação.
Para ele, há muita desinformação quando o assunto são as riquezas do cerrado, nem todos sabem quanta diversidade e importância ambiental o bioma carrega. Na música, no entanto, reside sua saída para maior conhecimento da região. “É um universo rico e quanto melhor puder informar as crianças com figuras, jogos musicais, brincadeiras de roda, tudo isso ajuda na educação e têm a viola sempre presente”, finalizou o músico.
Trabalhar a arte com viés educacional é um dos objetivos da Caravana das Artes, que acredita no poder transformador das manifestações artísticas, sobretudo quando elas estão aliadas a educação. Cacai Nunes é o convidado para ajudar nessa missão com sua viola e toda a tradição do cerrado.
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