Ângelo Madureira encantou e foi encantado em dias de Caravana das Artes em Recife | Foto: Célia Santos/Instituto Mpumalanga.
Ângelo Madureira está farto. O que o preencheu nesses dias de Caravana das Artes foi um sentimento intenso de amor e acolhimento, algo que nutri sua alma a ponto de deixá-lo enriquecido, porém jamais saturado.
“Eu me sinto inspirado e renovado com a energia das crianças, mas também a dos adultos! A Caravana é algo que nos alimenta e mais do que nunca o Brasil precisa disso, dessa energia leve”, comentou agradecido.
Apesar de viver há muitos anos em São Paulo, o coração pernambucano ainda pulsa forte no bailarino, que vem de uma família tradicional de artistas do Recife. Voltar à capital de Pernambuco com a Caravana das Artes trouxe não somente as lembranças da infância, mas a criança que Ângelo Madureira nunca desvinculou de sua figura de adulto.
“É um presente cheio de emoções, Recife carrega toda cultura pernambucana das tradições”, começou. “Esse espirito infantil da brincadeira, brincar é fazer de novo, o brinquedo nas danças populares é sempre isso: criatividade, descontração, coragem, e amor”, elaborou o dançarino, cuja a brincadeira é o dançar. Assim ele sempre vive próximo da infância e não perde o sorriso tão característico.
O frevo valoriza as tradições de Pernambuco. Ângelo defende cultura popular na escola. | Foto: Celia Santos/Instituto Mpumalanga
“Eu danço para viver e vivo para dançar”, fraseou Ângelo. O dançarino, assim como a Caravana das Artes, quer ver as danças e manifestações populares cada vez mais próximas da escola, pois acredita que a arte é fonte de criatividade e inspiração, tão necessárias nos dias de hoje.
“Acho que a arte e a educação andam muito juntas, uma educação permeada pela criatividade da arte desencadeia muitas outras coisas na vida, uma forma de se expressar, um conhecimento espacial, uma forma de se colocar no mundo! Não é só a questão do belo, mas de um posicionamento também”, ressalta.
Com a energia frevendo após a visita especial à cidade natal, Ângelo Madureira retorna a São Paulo. Preenchido, mas não saturado; Íntegro, mas não inteiro. “Nos vamos embora, mas uma parte fica, o sentimento da dança e do amor continuam”.
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