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Foto do escritorInstituto Mpumalanga

MAIO COM LIVE do TODAS POR ELAS na Literatura – Em Casa


A escritora chilena Gabriela Mistral é a autora do mês

Porque, mais do que nunca, o mundo precisa de poesia, Balada da Estrela e Outros Poemas, de Gabriela Mistral, é o livro que será debatido na reunião de leitura online, ao vivo, do Todas por Elas na Literatura-Em Casa, dia 26 de maio/2020, às 19h, pelo facebook da Casa Brasileira.

Depois do debate em abril/2020 sobre o livro da escritora ruandesa Scholastique Mukasonga, que relata o cotidiano das famílias tutsi durante a guerra civil em Ruanda, o Todas por Elas na Literatura–Em Casa traz, agora, uma escritora chilena: Gabriela Mistral, um dos grandes nomes das letras e da diplomacia do Chile e o primeiro nome latino-americano a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura.

Balada da Estrela e Outros Poemas traz uma seleção de poesias feitas pela escritora para crianças e oferece aos pequenos leitores um primeiro encontro com a literatura por meio de uma poesia musical e colorida, que expressa ternura e vida. Organizada pelo escritor e tradutor Leo Cunha, traz diferentes formatos de poesias da escritora que, já em 1924, renovou os formatos tradicionais da poesia infantil. Uma oportunidade, neste momento de quarentena, para pais e educadores conhecerem um pouco sobre os livros de Mistral para indicar aos filhos e alunos.

Com uma poesia mística e repleta de imagens, Gabriela Mistral aborda o amor pelas pessoas humildes, as memórias pessoais dolorosas que impactaram sua vida e mostra, em sua obra, um profundo interesse pelas dores da humanidade. Profundamente religiosa, sua poesia é marcada por um sentimento de carinho maternal, principalmente nos seus poemas em relação às crianças, em virtude do abandono paterno e da tragédia do suicídio de seu noivo, em 1907.

Atenta aos problemas de seu tempo, na obra “Pecados: Contados a Chile” (1957) Gabriela Mistral analisou múltiplos temas como a condição da mulher na América Latina, a valorização dos indígenas, a educação e a necessidade de diminuir as desigualdades sociais no continente latino-americano. Mais tarde, seus ensaios educacionais foram reunidos em “Magistério y Niño” (1982).


Sobre o Todas por Elas na Literatura-Em Casa

Para participar da reunião online de leitura, basta acessar dia 26/05/2020, a partir das 18h30, gratuitamente, o link: www.facebook.com/institutompumalanga/

A ideia é que as pessoas fiquem em casa e possam, com um click, entrar na discussão sobre o livro da escritora Gabriela Mistral.

O grupo de leitura Todas por Elas na Literatura foi lançado em 27 de outubro de 2018 na Casa Brasileira, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, espaço momentaneamente fechado por conta da quarentena. Faz parte do projeto TODAS POR ELAS, coordenado pela advogada Ana David, que conecta mulheres em torno do empreendedorismo. O Todas por Elas na Literatura tem curadoria literária da antropóloga e escritora Janaína de Figueiredo. Pretende dar visibilidade à escrita feminina e fortalecer a participação social da mulher a partir da literatura.

Sobre Gabriela Mistral


A chilena Gabriela Mistral é o pseudônimo escolhido de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga. Poetisa, educadora e diplomata, a escritora nasceu em Vicuña, no Chile, dia 7 de abril de 1889. Morreu em Nova Iorque/EUA em 10 de janeiro de 1957.

Foi o primeiro nome da América Latina a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945. Gabriela Mistral era filha de um professor, descendente de espanhóis e de índigenas. Seu pai abandonou a família quando Lucila completou três anos de idade. A mãe faleceu no ano de 1929 e a escritora lhe dedicou a primeira parte de seu livro Tala, a que chamou: Muerte de mi Madre. Desde cedo, demonstrou um interesse duplo: tanto pela escrita como pela docência. Com 16 anos decidiu se dedicar à carreira de professora. Começou a trabalhar como professora primária em 1904. Quando estava com 18 anos, seu namorado se suicidou, fato que marcou sua obra e sua vida. Em 1914, aos 25 anos, ganhou um concurso de poesia nos Juegos Florais de Santiago, com “Sonetos de La Muerte”. Nascia ali Gabriela Mistral, nome criado em homenagem aos poetas que ela admirava: o italiano Gabriele D’Annunzio e o francês Frédéric Mistral. Em 1922, publicou seu primeiro livro de poesias, “Desolación”, onde incluiu o poema “Dolor”, no qual fala do suicídio de seu namorado. Nesse ano, foi convidada a trabalhar no Ministério da Educação do México e transformou-se em referência na pedagogia ao elaborar as bases do sistema educacional do México. . A escritora é considerada um exemplo de honestidade moral e intelectual. Fundou escolas e organizou várias bibliotecas públicas. Nos anos 30 e 40 era considerada um ícone da literatura latino-americana. A notoriedade a obrigou a abandonar o ensino e a desempenhar diversos cargos diplomáticos na Europa, Estados Unidos e América Latina. Em 1945, membro do corpo diplomático chileno, Mistral residia na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, quando recebeu a notícia sobre o Prêmio Nobel de Literatura.

No Brasil, tornou-se amiga de Cecília Meireles, com quem lançou um livro de poemas. Fez amizades literárias com Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Jorge de Lima, Assis Chateaubriand e seu predileto, Vinícius de Moraes. Representou o Chile em comissões culturais das Nações Unidas em vários países, até falecer em 1957, nos Estados Unidos.

Algumas frases de Gabriela Mistral que cabem nas preocupações e novos cenários do mundo de hoje:

“Dai-me Senhor a perseverança das ondas do mar que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço.”

“A educação é, talvez, a forma mais alta de buscar a Deus.”

“A beleza é a sombra de Deus sobre o universo.”

“Somos culpados de muitos erros e muitas falhas, mas nosso pior crime é abandonar as crianças, desprezando a fonte da vida.”

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