Mariene completa 39 anos com rica trajetória pessoal e nas artes.
Mariene de Castro tem postura de mulher, daquelas que veste o salto, mas também pisa descalça na terra. Ela carrega muita história que não se enverga na sua figura firme, pelo contrário, é toda a ancestralidade que sustenta a voz de Mariene de Castro em timbres assonantes.
Mariene traz para o palco a força que vem da natureza, que ela tanto zela. Gosta do verde das folhas, do azul das águas, mas não se perde na penumbra de palco. Tem luz própria que nasce de uma energia incansável em ser ela.
A voz também carrega a mulher-mãe de cinco filhos. A rotina apinhada de cantora e artista não a afasta da função materna. Na presença dos pequenos, ela é inteira.
A negritude é indissociável da mulher. Os cachos exuberantes não fazem questão de se esconder. Eles se manifestam. Mas não é só negra sua ancestralidade. A relação afetiva com a mata faz parte de uma ascendência indígena. Mariene é tudo de Bahia. História demais que não pesam em ombros de mulher.
Hoje, 12 de maio, mais um ciclo se completa na trajetória de Mariene de Castro. Para a sorte do Instituto Mpumalanga, essa história se cruza com a nossa e seguem caminhos paralelos guiados por crenças semelhantes.
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